segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Pressão, Suicídio, Economia e Gestão de Políticas Públicas

Olá caros internautas,

O assunto de hoje é sobre a pressão que a meritocracia exerce nos jovens, adultos e idosos nas sociedades de todo o mundo. Este assunto surgiu de uma filósofica conversa entre minha namorada e eu. Ela despertou minha curiosidade sobre o que a meritocracia produziria em uma sociedade altamente competitiva, de acordo com uma das leis da internacionalização da economia, mais conhecida como globalização.
Enfim, vamos ao que interessa, a relação entre Meritocracia, Suicídio, Economia e Gestão de Políticas Públicas. Antes é preciso explicar o que eu estava conversando com minha mulher. Eu estava apresentando a elas o discurso que sou a favor da contribuição em conta de energia elétrica para o Custeio de Iluminação Pública(CIP), uma contribuição que Marta Suplicy (PT) promulgou no Município de São Paulo.
Apresentei as mais variadas linhas de pensamento. Escrevi um artigo para a disciplina de Direito Financeiro. Havia um lado a favor e outro lado contra. Cada um com seu raciocínio, de certa maneira, corretos.
Eu estava a favor da CIP, aliás, estava admirando o poder de democracia que este país ainda possui, afinal, é de certo que pessoas que possuem acesso a Iluminação Pública e vivem em locais de melhor qualidade e mais próximos aos serviços do município (em miúdos, são as pessoas que possuem terrenos em locais nobres da cidade e pagam um alto valor de Imposto Territorial Predial Urbano - IPTU - o qual a alíquota da CIP vai refletir), paguem mais pelo uso da Iluminação pública, para que assim desenvolvermos as regiões que não tiveram as mesmas sortes.
Diferentemente de meu pensamento, minha mulher antecipou qualquer estudo e se posicionou contrariamente a minha ideologia de equidade e desenvolvimento da sociedade. Ela afirmava que não era justo que pessoas que conseguiram, através do esforço e do trabalho, melhores condições de vida pagarem por pessoas com menores esforços e qualidades em seu trabalho. Aidéia de meritocracia era visível em seu discurso. Afinal, ela é extremamente batalhadora e inteligente. defender nosso ponto de vista é difícil em uma sociedade fragmentada e dividida como é a nossa sociedade brasileira.
Eu apenas me calei e comecei a pensar. Resolvi escrever este Post no blog. As soluções pareciam surgir aos montes, assim como a chuva que caía neste domingo de primavera. Eu comecei a reparar o quão importante eram as palavas que escolhia para escrever um artigo, qual o poder de minhas palavras quando eu escrevia um artigo para pessoas que eu nunca vou conhece-las. Isto é incrível.
Fui estudar um pouco da meritocracia e os impactos dela na sociedade. Surgiram vários sites de notícias sobre o Japão, informando os altos índices que aquela sociedade estava tendo sobre suicídios. E não era para menos, a média de suicídio no Japão é de um a cada 15 minutos. Somente em 2006 foram cometidos mais de 32 mil suicídios no Japão.
Somente no ano de 2006, 32.115 pessoas tiraram as suas próprias vidas, o que equivale a 25 para cada 100.000 pessoas. A cada dia, em média, 100 pessoas se suicídam neste país, ou um a cada 15 minutos.O índice de suicídio entre homens é maior no horário de manhã, aproximadamente às 5 horas. As mulheres tem um comportamento diferente, com predominância na parte da tarde, depois que a família deixa a casa para ir para o trabalho ou à escola.
Especialistas estimam que os motivos de suicídio entre os jovens seja as intimidações nas escolas (ijime) e os pactos feitos na internet (netto shinju).Especialistas estão preocupados com o índice de suicídios no Japão, que saltou de 24.391 casos em 1998, para mais de 32 mil em 2006, que representa um aumento de 35% em apenas 10 anos.
Outro fator que preocupa são os suicídios coletivos anunciados ou combinados através de internet. Em 2003 o Japão presenciou o primeiro caso, quando três jovens foram encontrados dentro de um carro van. Depois deste caso, passou a ser comum este tipo de suicídio em grupo.No ano passado, a polícia conseguiu impedir 72 tentativas de suicídio anunciadas através da internet.
Um órgão de assistência e ajuda às pessoas que pensam em tirar a própria vida, recebe aproximadamente 720 mil ligações por ano, nas suas 49 unidades espalhadas pelo Japão. Um dos diretores deste centro lamenta que o Japão não tenha feito praticamente nada para impedir o suicídio de dezenas de milhares de pessoas.
Mas o caro leitor começa a se questionar o que isto tem a ver sobre economia e a gestão das políticas públicas? eu lhes afirmo, TUDO. Imaginem agora que coletei dados interessantes a cerca do Brasil e descobri que apesar do suicídio ser nacionalmente pouco cultuado, em certas regiões do país estes índices chegam próximo a realidade vivida pelos japoneses. Caso, por exemplo, do Rio Grande do Sul. O levantamento mostra que, em 2004, o estado apresentava a maior mortalidade masculina por suicídio do país: 16,6 mortes a cada 100 mil homens. Em último lugar vinha o Maranhão, com 2,3 mortes a cada 100 mil homens.
Portanto imaginem agora se sou Ministro da Educação e opto por instalar um processo de admissão de vestibular semelhante ao modelo japonês, em que os alunos possuem apenas uma chance de entrarem nos vestibulares? O que será que aconteceria? Obviamente teríamos uma sociedade de culto ao suicídio, de forma similar ao Japão. A pressão não é uma naturalidade do ser humano. Stress faz crescer, no entanto, dosado pela natureza, não com a artificialidade das 24 horas de pressão que os homens exercem uns aos outros.
Com índices de suicídios altos, imaginem como ficarim as famílias destes rapazes e moças? Abalados com a situação. Isto criaria instabilidade dentro da economia, para além da fraqueza de nosso mercado consumidor. A morte faria com que diminuisse o consumo do mercado consumidor, já que menos pessoas consomem menos recursos.
Por exemplo, eu tenho um bar. A minah freguesia é composta por estes jovens. Eles estudam e ganham mesadas dos pais. Gastam em meu estabelecimento. Se sua morte acontece, obviamente meu estabelecimento pára de vender e instintivamente os pais passar a poupar todo aquele dinheiro. Em determinadas condições, eu teria até de fechar meu bar por falta de clientela.
E deste modo aprendemos a pensar coletivamente. Qualquer movimento que fazemos deve ser pensado. Qualquer palavra dita, pensada, também. Para algumas pessoas nós somos o mundo, portanto sempre dê o exemplo. Ame mais e reflitam sobre suas ideologias. Algumas dizimaram milhares de inocentes.
Grande abraço a todos!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Congestionamentos: a difícil missão dos futuros Gestores Municipais
Ricardo Matheus - Universidade de São Paulo(USP)
Os congestionamentos estão se tornando uma das maiores ameaças da qualidade de vida de qualquer cidadão brasileiro em cidades de média e grande porte. Enquanto há 10 anos as ameaças eram apenas das grandes metróploes como São Paulo, o problema, atualmente, já ameaça nosso Município, Salto.
Os indicadores de aumento da frota de carros assustam; a cada ano aumenta-se em 5% o número de carros. Em uma conta rápida podemos verificar que em uma cidade com 5 mil carros há 25 atualmente teria entre 900 a mil carros a mais circulando nas ruas. Números que impressionam qualquer cidadão que tenha mais de 20 anos de cidade.
Enquanto há 25 anos tínhamos um trânsito confortável e seguro, atualmente não há como apontar estes mesmos indicadores para o trânsito saltense. E não é culpa apenas dos gestores municipais. Boa parcela de culpa é também dos donos de carros e também dos ciclistas e pedestres. Sim, os pedestres! Muitas vezes alguns acidadentes são causados pela má informação e educação do trânsito. Quantas vezes não corremos na frente de carros que passam uma avenida em alta velocidade? Quantas vezes cremos que o sinal não vai fechar ou passamos fora da faixa de pedestres mesmo quando o sinal ainda não está aberto para os pedestres?
Embora alguns acidentes pudessem ser evitados pelos pedestres com uma boa instrução educacional do trânsito é proporcional a culpa e falta de educação de nossos motoristas. Muitos motoristas e motociclistas desrespeitam a lei e o bom senso quando atingem altas velocidades em ruas e avenidas onde os pedestres são maiorias. Manobras como as de Fórmula 1 são feitas em locais impróprios, próximo a escolas, comércio e escolas.
Sentindo os impactos da falta de planejamento para o trânsito, os gestores públicos possuem a difícil missão de agir e tentar revolucionar, ou manter o mesmo nível de caos no trânsito e a falta de educação dos transeuntes. Deste modo temos algumas opções de ações no curto prazo para amenizar a situação do trânsito:
  • Melhorias gerais na circulação, como a sincronização de semáforos
  • Melhoraria nas condições do pavimento e
  • Criação de mais corredores de ônibus.

Dessa forma conseguiremos otimizar a circulação, contudo essas ações além de demorarem tempo, custam bastante aos cofres públicos e tendem a serem rapidamente superadas pelo aumento desordenado na frota.

Uma outra opção, menos popular e sem o apoio dos principais candidatos a prefeito nas cidades brasilerias, seria a introdução do pedágio urbano nas cidades. Entretanto, o pedágio no centro expandido, a exemplo da cidade de Londres, é apenas uma questão de tempo. Acaba por ser uma ação inevitável por parte da Administração Pública que tenta outras ações para coibir o problema ambiental e social que surgem com o modelo de meio de transporte mais utilizado pelo cidadão brasileiro.

É bom interar o leitor que atualmente a falta de políticas públicas sérias para conter o uso de transporte individual, como carros, não é pago através de monetarização, mas sim através do tempo desperdiçado, do stress adquirido e de outros problemas, como acidentes, mortes e outros eventos. Portanto, tudo tem um custo, até mesmo a omissão. O problema é que o pagamento monetário não interessa aqueles que são os maiores usuários dos carros, os mais afortunados neste país. E deste modo, não entra na pauta da agenda pública dos gestores municipais.

Uma política que entrou na pauta e virou Lei em vários locais do mundo é ao Rodízio Urbano. Apesar de tentar promover melhorias na circulação e tráfego, com o tempo o rodízio municipal favorece atitudes dos cidadãos que acabam por pioram o trânsito da cidade. Na cidade do México, quando implantado, o cidadão que possui um carro novo, com menor chance de quebra, acidentes e menos poluente, vendeu esse carro novo e comprou dois mais antigos, como maior chance de quebra, acientes e que poluia mais. Ponto negativo para o meio ambiente e a Administração Pública, que acabou por duplicar o probema.

Entretanto essas políticas tendem a serem recusadaspelos políticos, por tornarem eles impopulares, além do uso de recursos que poderiam ser destinados para políticas públicas que conseguissem mais votos, como é o caso de pontes, viadutos, cestas básicas e programas socias.

Por isso recomendamos que sejam feitos investimentos massivos em transportes públicos, além de incentivar, através de propaganda e de educação ambiental e de trânsito com jovens e crianças, o uso de meios de transporte não motorizados, como a bicicleta e até mesmo a caminhada, para percursos mais curtos.

Até lá teremos um longo caminho em que a Sociedade Civil Organizada terá de tomar parte dos assuntos que diretamente interferem. Uma das propostas para esta resolução é um amplo debate na Sociedade, através de uma ferramenta prevista na Constituição Federal e que qualquer Município pode se utilizar do Plebiscito e Referendo. Desta forma o cidadão, informado sobre o assunto, poderia escolher entre ter e não ter o pedágio urbano em sua cidade.

Na cidade de São Paulo discute-se um projeto que a Prefeitura poderia deixar de cobrar pelo transporte coletivo, passando a ser gratuito. Nas contas do Projeto de Lei de autoria do vereador Carlos Apolinário (DEM), estima-se que uma arrecadação de R$ 4 bilhões por ano com o pedágio. Há de ser estudado pela Administração Pública Muniipal de Salto.

Além disso é preciso rever conceitos como o pagamento da meia-passagem. Em nenhum lugar do mundo há a necessidade de carteirinhas que provam que o cidadão é menor de 15 anos, por exemplo. Estas carteirinhas de estudante são facilmente falsificadas. Não há necessidade de tanta cobrança por uma coisa óbvia.

Deve-se Liberar a meia entrada a este público jovem de até 15 anos. Esse atual modelo de oferecer poucas vantagens de estudantes usarem o sitema coletivo de transporte público, oferecendo apenas viagens de ida e volta da escola até sua casa, desfavorece a continuidade do uso deste modelo de transporte para toda a cidade quando este jovem se torna adulta. E o quê acaba acontecendo? O cidadão compra um carro, indo contra a idéia de resgate e valorização do meio ambiente e também da socialização de todos os cidadãos no município.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Inauguração da Revista de Salto

Este blog inaugura a primeira Revista Eletrônica de Salto. Ela será um meio de comunicação e de expressão da cosmopolita sociedade saltense. Através do meio eletrônico poderemos desenvolver rapidamente nossas redes de contatos e também difundir eventos, cerimonias e outros casos do gênero, para mostrar a grandeza de nossa cidade a todos os saltenses. Teremos contribuições todas as semanas de colunistas do blog, servindo como uma espécie de Revista Eletrônica dos acontecimentos da cidade de Salto.
O moderador do blog é Ricardo Matheus, saltense, 20 anos, universitário e professor.
Venha fazer parte do grupo e ter a senhade acesso para participar deste blog. Qualquer um motivado e com boa vontade poderá participar.
Façam propaganda da Primeira Revista Eletrônica de sua cidade que ouvirá realmente você. Enviem sugestões e propostas de colunas para o moderador ou para o e-mail do blog: ricardomatheus@gmail.com ou revistadesalto@gmail.com.

ESTAMOS ACEITANDO VOLUNTÁRIOS E COLUNISTAS PARA NOSSA REVISTA ELETRÔNICA. CADASTREM-SE ATRAVÉS DO E-MAIL.

Atenciosamente,

Equipe da Revista Eletrônica de Salto.